O processo criativo é um conceito ambíguo e presente em muitas áreas, não se cinge apenas às áreas catalogadas como “criativas”. Todos temos a capacidade de ser criativos. A criatividade é uma capacidade que nos distingue como seres humanos. Então porque nos dá tanto medo criar algo novo?

Saiba mais sobre o processo criativo aqui: https://www.wework.com/ideas/worklife/understanding-the-four-stages-of-the-creative-process

O processo criativo é um caminho de angústias e alegrias. Não sabe por onde começar? Aqui tem a nossa receita:

1. Ingredientes (Inspiração)

A fase inicial do processo criativo é, muitas vezes, a mais divertida porque não tem limites.

Enquanto algumas pessoas podem achar uma perda de tempo ou procrastinação, é nesta fase que nascem as ideias, boas ou más. É como ir à dispensa recolher todos os ingredientes que temos, mesmo os que à partida podem parecer pouco prováveis de combinar.

É necessário uma mudança de estado de espírito, observar o mundo, ver revistas, procurar sites de inspiração, cozinhar, ler, ouvir música ou qualquer atividade que estimule a nossa criatividade. A inspiração pode estar em qualquer lado e vem quando menos esperamos, no duche ou enquanto estamos parados no trânsito. Nesta fase, aconselhamos a ter sempre à mão um sítio onde anotar todas as ideias que vão surgindo, mesmo as mais absurdas.

2. Marinar as ideias

Se na fase anterior recolhemos os ingredientes, então nesta vamos organizá-los e deixá-los a marinar.

Esta é a fase de organização de toda a informação recolhida, pegar num lápis e passar para o papel aquilo que pensámos. Através deste exercício começamos a juntar ideias e a perceber quais são as que podem funcionar ou não.

Aqui pomos em prática o “quem não arrisca, não petisca”. O resultado final não precisa de ser perfeito, não é necessário saber desenhar como o Leonardo da Vinci. Um simples esboço ou um esquema todo rabiscado é o suficiente para desbloquear as primeiras tentativas.

3. Eureka

A fase anterior permite-nos chegar ao momento “Eureka”, o momento em se acende a luz do forno.

De toda a informação recolhida nas fases anteriores, agora chegou a altura de escolher um caminho. Sim, pode ser difícil abandonar algumas ideias, mas se juntarmos os ingredientes todos vai dar mau resultado. É melhor optar pela combinação que nos despertou mais interesse e pré-aquecer o forno.

4. Moldar a ideia

Antes de colocar o preparado no forno, é importante dá-lo a provar a outras pessoas.

O processo criativo não deve ser um caminho solitário. As nossas ideias nem sempre são as melhores e discuti-las com os outros pode ser uma oportunidade para pôr à prova o nosso produto.

Nesta fase é importante estar preparado para receber críticas honestas e construtivas. Faça as seguintes perguntas:

– Isto já foi feito antes? Ou de que maneira posso torná-lo diferente do que já existe?

– Será que o meu público alvo vai realmente gostar?

– O que torna este projeto relevante?

5. Cozinhar

O teste da fase anterior pode levar-nos a perceber que é preciso acrescentar “uma pitada de sal q.b.”.

Depois da ideia ser discutida é fundamental absorver o que foi dito e transformar as críticas em algo de novo para o nosso projeto. Nesta fase temos de estar prontos para tudo, acrescentar, tirar ou até recomeçar. Faz parte do processo criativo.

Se o nosso projeto passar no teste, então está finalmente pronto para ir ao forno.

Et voilá! Lembra-se da última vez que deixou algum prato cozer de mais? A criatividade é um processo de aprendizagem, tentativa e erro. Raramente um projeto sai bem à primeira, não há ideias brilhantes sem erros e correções. Portanto, a primeira coisa a fazer é não ter medo de errar.

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