“O meu primeiro dia na BYD foi… incrivelmente estranho.
Têm uma taça com rebuçados, não se paga os cafés, oferecem copos de água como se de uma bebida energética se tratasse, passas a manhã com frio (estou desconfiado que abrem as janelas de propósito para trabalharmos mais) e todos dizem “Bom dia” com um sorriso na cara. Mas aquilo que estranhei mais é que por aqui, ninguém tem Doutor como primeiro nome. Achava que por estas bandas também adoptavam esse estilo de Doutor isto ou Doutor aquilo, enfim deve ser porque como na BYD o tempo é valorizado, temos de poupar nas palavras.
Bom, mas se calhar é melhor começar pelo início, acordei de manhã cedo com medo de chegar atrasado ao meu primeiro dia de trabalho, levando a sério a velha máxima, trabalho novo vida nova, ou algo assim do género. Para mim foi uma vitória visto que chegar atrasado é algo que realmente faço com algum carinho (na entrevista disse que era pontual ahah).
Cheguei 15 minutos antes da hora que tínhamos combinado, e começou a primeira aventura do dia, entrar no edifício. Na verdade nunca precisei de inserir nenhum código porque apanhava sempre alguém a fugir mas após algum tempo a tocar à campainha e a inventar alguns códigos, pensei, “ok isto pode ser um teste para técnico de manutenção”. Decidi então esperar um bocado até que chegasse alguém, sabendo que eu é que estava com tanta vontade de trabalhar que me adiantei ao resto da malta.
Bastou chegar a primeira pessoa para que viesse tudo atrás, entre apresentações e explicações lá fui percebendo que a simpatia reina na BYD. Depois de passar a manhã a conhecer os clientes que vou ser responsável, eis que chega o almoço para esticar as pernas do trabalho árduo que me foi proposto e conhecer os hábitos do novo clã. Como é óbvio que isso não posso contar se não muito provavelmente já não vou ver o sol nascer.
O resto do dia passou a correr e dei por mim a ir para casa a pensar nos dias estranhos que viriam.”
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