Ser Relações Públicas é explicar inúmeras vezes que não vou ser “RP” do Urban ou do Bliss, é dizer não tenciono tornar-me na próxima grande socialite portuguesa e é acalmar a minha família ao explicar que, não é pelas discotecas estarem fechadas que pertenço ao grupo dos sectores mais afetados pela pandemia. Resumido, ser Relações Públicas é ser confrontado diariamente com o facto de ninguém fazer ideia do que fazemos ou da importância da nossa profissão. Gosto de pensar que este é um fator estratégico por parte das empresas que muitas vezes salvamos e asseguramos a reputação sem que ninguém dê por isso.
Na minha opinião, um Relações Publicas tem três principais funções. A primeira é convencer uma empresa de que somos precisos e que as nossas funções não se equiparam às de um Marketeer. A segunda é convencer os públicos dessa mesma empresa que devem continuar/começar a usufruir dos seus produtos e/ou serviços, porque ainda não sabem, mas são uma mais-valia nas suas vidas. E a terceira, e talvez uma das mais nucleares em tempos que correm, é continuar a assegurar a manutenção de uma boa comunicação interna garantindo uma boa sinergia e normal funcionamento das empresas.
Sei o que quem está a ler está a pensar: “sim senhora, isto é tudo muito bonito, mas na realidade não é bem assim, muito menos agora em pandemia”. Mas olhem que na realidade até é.
Até agora, a minha experiência diz-me que as empresas estão cada vez mais a perceber a importância de um Relações Públicas no seu dia a dia. Tenho-me deparado diariamente com autênticos cenários de guerra onde as empresas estão em crise, porque não são conhecidas suficiente, porque não souberam acompanhar a concorrência, porque prometeram mais do que deviam e não corresponderam à expectativa dos seus públicos e porque não conseguem um bom funcionamento em teletrabalho. Como resolvemos tudo isto à distância em plena pandemia? Criamos boas relações com os Meios e comunicamos; acompanhamos – não copiamos – estrategicamente a concorrência; somos criativos; recusamos o impossível; transformamos a oferta em procura, através da criação de necessidades por via de mecanismos de influência; e finalmente, implementamos a realização de reuniões entre os vários departamentos das empresas, para que se possa fazer um ponto de situação diário.
Assim, para mim ser Relações Publicas é fazer acontecer sem que ninguém dê por isso, através do seguimento de um raciocínio lógico e estratégico. A pandemia só veio reforçar tudo isto. Todavia, se calhar enquanto liam este artigo pensaram: “sim Francisca, novamente isto é tudo muito bonito, mas vamos ser realistas…é utópico!”. Com ou sem pandemia, a única resposta que vos posso dar é a seguinte: contratem um Relações Publicas e vejam em primeira mão como o utópico se pode tornar real.
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